domingo, 13 de julho de 2008

CLÁSSICO

Dia de clássico. Clássico, com letra maiúscula. Especialmente com relação ao cidadão que vos escreve, Clássico duplo. Era o meu SÃO PAULO a brigar com o Palmeiras e o guerreiro CRUZMALTINO a enfrentar a urubuzada.
Coração na mão, o dia já começa meio torto. São aqueles dias quebrados em que tudo se planeja em torno daquele momento, que aliás, você espera o dia inteiro, com as expectativas de criança que vai viajar pra Disney.
O Futebol é paixão que me acompanha seja dentro de casa, seja na roda de amigos, seja de mãos dadas com a namorada. Sim, faço parte do felizardo grupo de homens que podem contar com o apoio de suas senhoras para a paixão futebolística.
E assim vai o dia. Ah meu coração. Será que meu tricolor vai dar conta do bem arrumado Verdão? E o meu Vasco da Gama, em fase de transição, na presença do digníssimo Sr. Presidente, nosso Dinamite, será que assim, então, ainda com todos os desfalques, será.................será?
Eu, sinceramente, apostei na vitória do meu time da colina e não levei tanta fé no glorioso tricolor paulista.
Mas, como incerto todo destino é, o São Paulo se mostrou soberano, criativo, assustando o rival com seu ataque ofensivo e uma defesa como há muito a torcida tricolor não via. A maior alegria para um fanático é ver aquela redonda fazendo eco na rede do adversário.
Na contramão, para equilibrar minha euforia alardiada pelos bares de Ipanema, eis que piso no Maraca. Tudo já começa diante da "bela" torcida rubronegra. E vocês concordam comigo, eu sei. Basta dar uma olhadinha na página do globo.com e checar as musas. Mas... Fui muito bem acompanhado ao jogo - graças ao meu bom pai, a delícia é vascaína. E salve salve, minha torcida carioca, sempre guerreira, sempre sofrida, sempre lutando, nunca vencida. Torcida que não é de nascença, mas me cativou de forma arrebatadora, quase um pôr-de-sol do arpoador.
O entusiasmo adquirido pela vitória tricolor foi sumindo, foi murchando diante de um time assustado, mal colocado, sentido falta de um zagueiro, de um nome forte.
Edmundo? faz favor, se aposenta meu irmão!Não faça com que a torcida esqueça tuas contribuições!
Leandro Amaral?Um grand eum nome, um grand ejogador. Mas falta garra.
Tiago, uma grande goleiro. Errar todos erram.
Jean, sempre guerreiro, sempre batalhador. Um nome digno da Torcida que grita.
Pouco depois do início do segundo tempo, cedendo ao desespero da patroa e minha própria irritação (e indignação) retirei-me do Mário Filho. Ah, não dava meus amigos.
Eu tinha no peito, naquele exato momento, uma contradição que ultrapassava meu ego, desafiava minha paciência e angustiava minha paz.
Uma vitória é linda, é triunfal, é como o abraço na chegada de qualquer viagem.
Mas a derrota é doída. Sobretudo no meio da torcida que se ama. e quem tem amor pela torcida entende o que eu digo. Não sou - ao contrário do que dizem - mais vascaíno que sãopaulino. Nem vice versa. Mas sou Guerreiro do Almirante, e devo dizer que minha torcida brilha de forma única. Não é uma urubuzada, não é uma fúria, uma gaviões ou uma Young.
O Vasco atravessa talvez um dos piores momentos da história do clube. E mesmo assim, o sentimento não pára. E isso, meu irmão, é sublime.
Não que a derrota não tenha me abalado. Mas há a certeza, inequívoca, de que a era DINAMITE chegou. E vamos voltar, todos, juntos, a cantar de coração.

2 comentários:

Anônimo disse...

BELÍSSIMO texto. Estás adicionado ao meu favoritos!

Anônimo disse...

A SUA TORCIDA É NOJENTA
mas o texto ateh q tah maneiro