Nos olhos, na boca, nos traços...........é claro. Ou eu que vejo demais?
No retocar da maquiagem, um sussuro despretensioso, uma olhada de canto de olho. E as imagens ao redor remontam o que já se viu, um dejavu violento.
O reencontro, meu pesadelo, mãos que se acham, olhares que se buscam. Eu não quero ver demais.
Segure a própria consciência enquanto seguro minha cabeça. Vamos, permita-se , não se tem a noite toda. Ela não sabe atirar. Mas sabemos que é capaz.
Vinhos, brindes, vinhos, taças, vinhos, desejos, vinhos, descontrole.
Agarra, espalma, a cada centímetro de pele um novo velho sabor, línguas, redescobrir o que era dele descobrindo o que é meu. Aproveite. Meio nosso, mas mais meu do que seu. Ela puxa o gatilho.
Perder-se num caminho perdido não engrandece, é torpe, é futil, é fugaz. Carregue com tudo.
Respiros ofegantes, passos que se perdem, caminhos que insistem em te levar. E o desejo que invade, que arranca a plausibilidade do certo e faz do errado, como sempre, a sua melhor companhia. Prepare e aponte.
Ele não sente mais nada, não há dor quando já se está morto. Mas é um deleite senti-la, uma, duas, três vezes. Vamos, atire. Não quero detalhes. Não me desalme, pois ainda vivo.
Explicações inexplicáveis, discursos imortais, jargões inuteis que ecoam num silêncio maestral. É a dor que esvazia. E não há nada que doa mais que o vazio.
Não quero mais nada. Não vejo, não percebo, nem sinto. Me rendo.
Um comentário:
baby, I love you.(com voz de batman)
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