Morning, Ladies and Gentlemen!
Enterro feelings, carnaval acabou, e agora é uma merda ter que lidar com aquele resto de semana que sobra depois das cinzas. E o ano começa, e o Brasil começa a fingir que é sério. Fingir porque durante o carnaval assume com orgulho uma mistura de lambança em prol do esquecimento do povo. E ninguém desiste nunca, afinal, somos brasileiros, meu chapa. Eu não vi castelo algum desfilar na Sapucaí. O mais próximo de alegoria da vida real que vimos foi a eterna comissão de frente brasileira assaltando os gringos que mesmo sem porre, ninguém socorre, eles estavam felizes. Que assim seja, não reclamemos. Moramos onde o resto do mundo sonha em passar férias. Ou, pelo menos, o carnaval.
Troféu joinha para o BLOCO DE SEGUNDA, que certamente contará com minha presença no proximo ano. SIMPATIA É QUASE AMOR, do nosso querido Hugo, nunca deixa a desejar, dispensando qualquer comentário, como sempre.
Confesso que me surpreendi com um Rio de Janeiro tão divertido durante o carnaval. Há uns 8 anos passo a folia longe dessa terrinha, então não sabia que nossos calçadões em nada perdem para as badernas históricas do interior mineiro ou da barulhenta (e barangueira) Recife, Oh, linda! Não vi brigas, a cerveja não pesou no bolso de ninguém e ainda houve sacolé de caipirinha (toma essa Claudinho). A pena mesmo fica com o quarto lugar da São Clemente, escola de coração, que infelizmente não vai desfilar no domingo ano que vem. E pra fechar a quarta-feira, nada como ver as cinzas do pó de arroz, espalhadas por aí, coroando, de braços abertos, a lambança sobre a Guanabara. E no final, esse samba todo, é só porque, Rio eu gosto de você...
