domingo, 6 de abril de 2008

Essa noite

Sou mais ou menos como você. Não preciso de tempo. Sou abstrato.
Você é tal como propôs, ilude o tempo, inconsequentemente inexata, atemporal.
Eu sou mais forte, já não me perco tão fácil, sorrisos não enebriam meus olhos como ontem.
Tampouco vislumbro dentro de todo esse sincronismo físico um futuro cronologicamente viável.
Mas hoje, observo teu sono.
Agora, tento adivinhar teus sonhos.
Essa noite, conheço de novo cada canto do teu corpo, cada traço do teu rosto.
Hoje, agora, essa noite.

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