quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Embromation Society

E lá se foi a embromar o mundo...engana-se, pois, quem pensa que o faz sem consciência, que tudo não passa de mero deslize da excentricidade que lhe é própria. Repete, simetricamente, a mesma ladainha cativante, confundindo-se, a cada instante, entre vítimas e salvadores. Um abismo em si, com intensidades patológicas, de quem foge de si mesma na velocidade da luz. Ampara-se numa abalada rotatividade emocional, como quem espera de fora que se acalme por dentro. São os oquês, os porquês, os comos que não saem dali, e por isso te trazem aqui. Ou pra lá, tanto faz. E continua, inquieta, buscando rumo, um prumo, uma direção. Mas não há caminho sem norte. Não espere que alguém lhe diga quem é ou lhe traga o que falta. Não seja o encadeamento dos atos, seja o ato em si. Não seja uma a cada hora, seja única. Não seja um momento. Não confie no que só os olhos vêem ou o corpo sente, são nada mais que externalidades, ilusões. Busque-se. Quem sabe assim, não encontre a mim.

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