domingo, 16 de novembro de 2008

Deserto imaginário, realidade de câmera e ação. Sonho, devaneio, qualquer efeito alucinógeno do que sinto de verdade? Mas estava ali, era palpável, era mais que visível, era factual. Maravilha. É perfeito, foi perfeito, porque é perfeita. São cantos onde tocam-se as mãos, encantam-se entre contornos que vibram, perfilam, e exatidão pouca é bobagem. Mais que toques, mais que o mais. Mais. E só. Muito além do paradisíaco, são minhas e suas. Areia, suor e sal. Uma enseada, uma pequena baía, largamente aberta, que aparece onde há costas altas, onde há eu e você. Não você, não eu, mas nós. Uma angra em oferenda. Eu e você, o que é nosso, indivisível. Aos reis.

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